Lou Reed sabia que a doença do fígado estava em estágio final e decidiu voltar para Nova York, para passar os últimos dias. A informação foi revelada pelo Charles Miller, médico responsável pela cirurgia de transplante de fígado da qual o músico precisou se submeter em maio deste ano.
Neste domingo, 27, Lou Reed morreu em decorrência dos problemas no fígado, em Nova York, aos 71 anos. Na semana passada, o músico voltou à clínica em Ohio, para se consultar com Miller. “Todos nós concordamos que fizemos tudo o que podíamos”, disse ele ao The New York Times.
Sabendo que não havia tratamento possível, Reed voltou para casa, mas manteve-se em atividade física, praticando Tai Chi uma hora antes de morrer. “Lou estava lutando forte até o fim. Ele estava fazendo os exercícios de Tai Chi dele em menos de uma hora de sua morte, tentando se manter forte e se manter lutando”, disse Miller.
Figura seminal responsável por dar um caráter urbano ao rock, acrescentando guitarras distorcidas aos versos sobre o cotidiano na cidade (Nova York, no caso), com o Velvet Underground, Reed diz ter abandona o álcool já na década de 80.
A esposa de Reed, a artista Laurie Anderson, falou recentemente sobre os problemas de saúde do marido em entrevista ao Times of London: “Foi bem sério. Ele estava morrendo. Você não faz esse transplante só por diversão”.
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| Laurie Anderson. |
O ex-frontman do Velvet Underground, que está com 71 anos, deveria ter tocado no festival Coachella, em abril, mas cancelou as performances, além de algumas outras datas marcadas pela Califórnia. Na época do cancelamento, em março, um dos locais de show alegou “complicações inevitáveis”, mas nenhuma outra explicação foi dada.
"Eu não acho que ele vá conseguir se recuperar totalmente disso, mas ele certamente estará de volta à ativa em alguns meses", disse Anderson ao Times. "Ele já está trabalhando e praticando tai chi. Estou muito feliz. É uma vida nova para ele.”
Anderson disse que Reed foi operado na Cleveland Clinic, em Ohio, em vez de na cidade onde mora, Nova York, por causa do estado “disfuncional” em que se encontram os hospitais da cidade.
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